Guarda Civil espanhola desmantela rede de tráfico de EPO

Autoridades espanholas desmantelaram uma enorme rede de tráfico de EPO com base em Barcelona, de acordo com um relatório do jornal El Pais.

O círculo de distribuição do EPO era liderado por um grupo de cidadãos sérvios, mas era baseado em Barcelona e contava com o EPO de uma clínica andaluz com financiamento público. O então esquema enviava EPO para atletas de todo o mundo e os números apontam venda para cerca de 260 atletas apenas em 2019. Os atletas são amadores, mas também profissionais, de ciclismo e outros esportes.

As autoridades localizaram o esquema em 2017, depois que vários atletas que deram positivo para o EPO apontaram para a mesma fonte. A investigação foi liderada pela seção de Saúde Pública e Doping da Unidade Operacional Central (UCO) da Guarda Civil Espanhola, e seis indivíduos foram presos na Catalunha e na Andaluzia. Eles são acusados de lavagem de capital, apropriação indébita, fraude contra a Previdência Social, lavagem de dinheiro e por fim crimes contra a saúde pública, segundo o El Pais. A fonte dos medicamentos, de uma clínica pública, resultou na acusação de fraude.

A rede supostamente operou por pelo menos dez anos. A organização se comunicava com os compradores por meio de redes criptografadas de mensagens instantâneas.

Os nomes dos atletas permanecerão privados, de acordo com um relatório no L’Equipe, a menos que sejam sancionados pelo órgão regulador de seus respectivos esportes. O uso e a compra de produtos antidoping não são crime na Espanha.

“Espero começar a receber nomes do tribunal na próxima semana e começaremos a trabalhar nele”, disse José Luis Terreros, diretor da Agência Antidopagem Espanhola (AEPSAD). “Trataremos de atletas espanhóis, o restante será enviado à Agência Mundial (de Antidopagem) para distribuição pelas respectivas agências nacionais antidopagem”.

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