Big Biker Cup 2017 – Segunda etapa em Taubaté – SP

(Imagem: Bike aos Pedaços)

Chegou o dia da segunda etapa do Big Biker agora em Taubaté, na cabeça só passa o seguinte: porque a preguiça não me deixou levantar às 5 da manhã, como diariamente faço, para aquele treino específico. E oh, ainda tinha outra “serrinha” pela frente e mais 55Km.
Desde muito antes da prova, mas precisamente, desde do Big Biker de Itanhandu fiquei com uma pressão muito grande na cabeça em conseguir manter a liderança anual, isso se tornou o principal objetivo para mim. Agora com um pouco mais de dificuldade. Além da pressão na cabeça estaria saindo do anonimato, todos já sabiam quem eu era, tornando assim uma presa para a caçada (foi assim que me senti), até a posição da largada se remete a isso…. Isolado na frente, junto com os demais lideres das categorias, e atrás um mar de ciclistas com os olhos grudados em você, com os olhos avermelhados, apertados em concentração e doidos para o apito inicial soar – que começa em contagem regressiva. Achei melhor não ficar olhando muito para a tal multidão e me focar somente nos poucos que estavam a minha frente.
Logo no início a multidão mostrou para o que estavam vindo. Afinal a pressão em tirar a vantagem dos líderes estava nas costas deles. Rapidamente fui sendo engolido, me mantive entre os primeiros colocados sempre controlando quem estava me passando. Não poderia perder o meu posto de primeiro colocado. E assim fiquei marcando os meus “adversários”.
Minha liderança acabou no fim da primeira serra. O ciclista que ficou em segundo lugar em Itanhandu, meu principal “adversário”, conseguiu me alcançar. Na verdade essa era a minha intenção. Queria estar sempre perto da pessoa que estaria concorrendo ao meu posto. E assim fomos, num ritmo muito forte trocando as rodas. Lá para tantas esse meu “adversário” me comunicou que não éramos os líderes. Hum, como assim? Estava ligado em todos que me passavam no início da prova. E agora? O jeito foi combinar com ele para partirmos à busca. E assim fizemos, pedalamos ainda mais forte e conseguimos ultrapassar um dos que ainda estavam na nossa frente e tentamos chagar no outro, que foi impossível.
Chegando na segunda serra, por volta do Km 30, quis me posicionar em primeiro lugar e tentar abrir vantagem nas longas descidas que vinham pela frente. Então, no final da serra consegui dar uma arrancada me posicionando em primeiro e abrindo uma vantagem confortável na frente. Mantive-me assim até o final. Sempre controlando com as olhadas por cima do ombro para ver se estaria sendo ameaçado.
Foi uma prova dura onde estive praticamente nos meus 100% o tempo todo. Por vezes ameacei em diminuir a velocidade, ameacei em dar uma descansada mas consegui me manter concentrado no objetivo e consegui controlar as dores musculares e o pulmão.
Parabéns ao BigBiker, sem palavras para descrever a satisfação em ser um ciclista e poder estar presente nesta organização primordial. Vocês são nota 10 em tudo: organização, respeito ao ciclista, prêmio, etc. Certo que estarei presente em todas as etapas e tentarei manter minha liderança até o final, darei o meu melhor.

Muito feliz com o resultado.
Gustavo Galdino Campos

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