Lance Armstrong: Na minha 1ª temporada profissional comecei a me dopar

Lance Armstrong sentou-se para uma série de entrevistas que ocorreram entre março de 2018 e o verão de 2019 para o novo documentário da ESPN chamando LANCE.

Sete anos depois que ele finalmente admitiu a Oprah Winfrey que correu dopado, Lance Armstrong insiste que ele dorme bem à noite, apesar de ter sido exposto como um idiota, enganado todos e acusado de prejudicar os patrocinadores.

Em outubro de 1996, Armstrong, de 25 anos, removeu um testículo e passou por tratamento quimioterápico, do qual os médicos pensavam que ele não sobreviveria. Perguntado por um repórter da ESPN se sentia que tinha câncer por doping, ele respondeu:

“Eu não sei a resposta para isso. Mas eu certamente não diria que não. A única coisa que vou lhe dizer é que a única vez na minha vida que fiz uso de hormônio do crescimento foi a temporada de 1996. Então, na minha cabeça, crescimento, crescimento de hormônios e células – se algo de bom precisa ser cultivado, é necessário.

“Mas também não faria sentido se também houvesse algo de ruim nisso?

“Minha primeira temporada profissional foi quando comecei a dopar, aos 21 anos. Era a cortisona, drogas que estimulam a produção de cortisona pelo próprio corpo.

“O EPO era um outro nível. Os benefícios de desempenho foram tão bons. O esporte passou do doping de baixa octanagem para esse combustível de foguete de alta octanagem. Essa foi a decisão que tivemos que tomar.

“A maneira mais fácil de defini-lo é violar as regras. Estávamos recebendo injeções de vitaminas e outras coisas desde cedo? Sim. Mas eles não eram ilegais.

“Claro que sabíamos. Eu não sou um desses caras. Eu sempre perguntei, sempre soube e sempre tomei a decisão por conta própria.

“Ninguém disse: ‘Não pergunte, é isso que você está recebendo.’ Eu não teria aceitado isso. Eu me instruí sobre o que estava sendo dado e escolhi fazê-lo. ” por fim comentou.