Bicicleta, o modal que revolucionou a mobilidade urbana na pandemia

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Abraciclo destaca que pedalar passou a ser fonte de renda, saúde e segurança para evitar a aglomeração do transporte público

As bicicletas transformaram a vida de muitas pessoas. No Dia Mundial da Bicicleta – comemorado em 3 de junho -, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo destaca o protagonismo desse veículo, que deixou de ser encarado apenas como uma opção de esporte e lazer, e passou a ser usado em serviços de entrega e como meio de transporte para evitar a aglomeração dos ônibus, trens e metrô no cenário da pandemia.

“Pedalar agora faz parte do cotidiano de grande parte da população. Hoje a bicicleta é instrumento de trabalho e fonte de renda para muitas pessoas que perderam seu emprego durante a pandemia”, então afirma o vice-presidente do segmento de bicicletas, Cyro Gazola.

O ex-analista de sistemas, Iuri Sabino, é um exemplo disso. Morador da cidade do Rio de Janeiro, foi demitido no final do ano passado e fez da paixão pelo ciclismo o seu sustento. Assim trabalha como entregador e mecânico de bicicletas. “Peguei o dinheiro da rescisão do contrato e fiz um curso de mecânica. Ter um certificado é um importante diferencial no mercado”, então conta.

Quem também se divide entre duas profissões é o paulista Eduardo Christian. Microempresário cultural, atua no serviço de entrega há seis anos. “Comecei trabalhando para um aplicativo. Hoje tenho clientes fixos. Pedalo, no mínimo, 50 quilômetros por dia, percorrendo as ruas e avenidas das regiões central e oeste de São Paulo”, diz. “A área da cultura foi duramente atingida pela pandemia, por isso a bicicleta representa hoje a minha principal fonte de renda”, assim enfatiza.

Primeiras pedaladas

Enquanto uns pedalam para garantir sua fonte de renda, outros adotaram a bicicleta para fugir da aglomeração do transporte público. É o caso de Ana Carolina, esposa de Iuri Sabino. Professora de educação infantil, costumava pegar dois ônibus para ir até a escola onde leciona. Devido ao trânsito, levava uma hora e meia para percorrer os cinco quilômetros de distância entre a casa e o local de trabalho. “No início da pandemia, ela usava os carros por aplicativo: pagava nove reais e demorava 40 minutos. Até que um dia se cansou e pediu para eu ensiná-la a pedalar. Hoje só vai ao trabalho de bicicleta e diz que se sente mais saudável”, por fim diz Iuri.

A arte terapeuta em saúde mental, Regiane Teixeira Barbosa, concorda com o executivo. Três vezes por semana, ela pedala de Osasco (SP), onde reside, até os bairros da Brasilândia e da Mooca, na capital paulista, mas comenta que toma uma série de cuidados para evitar riscos. “É preciso melhorar a infraestrutura cicloviária e conscientizar os motoristas sobre a necessidade de respeitar os ciclistas”, então alerta.

A estagiária de psicologia Isabella Almeida Dias tem a mesma opinião e conta que evita pedalar no período da noite. Moradora de Campo Grande (MS), ela usa a bicicleta para ir aos treinos de basquete, mas também fazer atendimentos na casa de pacientes. “A região é bastante montanhosa e pedalar exige muito fôlego. Mas tenho muitas vantagens: chego mais rápido nos lugares e minha qualidade de vida melhorou”, afirma.

Made in Manaus

Instalada no Polo Industrial de Manaus desde 1975, a indústria brasileira é surpreendentemente a quarta maior produtora mundial e gera cerca de 4,5 mil empregos diretos e indiretos no PIM. As associadas da Abraciclo (Caloi, Houston, Oggi e Sense Bike) são responsáveis por 40% da produção de bicicletas no País.

A analista de processos da Caloi, Glaucia Oliveira, além de pedalar, faz parte do time de colaboradores que ajudou a produzir mais de 222 mil bicicletas no primeiro quadrimestre no PIM. Ela começou como estagiária e hoje esta contratada. Ela então atua no laboratório para analisar as peças fabricadas, mas também as compradas pela fabricante. “O processo é rigoroso para garantir a qualidade da bicicleta e a segurança dos usuários”, conta. “Tenho muito orgulho do meu trabalho, pois ajudo a construir um mundo melhor e mais saudável”, então completa.

Foto divulgação Abraciclo

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