Raiza fala da “batalha” da Copa do Mundo no Canadá

copa do mundo

No último final de semana aconteceram as provas da etapa final da temporada 2023 da Copa do Mundo de MTB em Mont Sainte Anne no Canadá. Sábado foi o dia do XCC e por fim no domingo o XCO. No relato abaixo Raiza fala também de sua recordações que o local da Copa do Mundo traz.

Leia abaixo
Cheguei em Mont Sainte-Anne, no Canadá, um lugar que me traz excelentes recordações. Foi aqui que competi na minha primeira etapa de Copa do Mundo, no projeto da Jaqueline Mourão, o MTeenB.

Chegar e ver uma pista 100% nova foi algo muito legal. Ver a capacidade que os organizadores locais têm e o investimento que é feito, de quem acredita no esporte.

Como minha bike acabou extraviada e só chegou dias depois, o jeito foi realizar o track walking (caminhada no percurso) para conhecer as linhas. Ali, já vimos que seria muito duro.

Na primeira oportunidade de treinar, foi bem desafiador. Um circuito que era muito natural, com subidas técnicas e divertido, mesmo que fosse duro e exigisse força nas subidas. Consegui me concentrar e realizar bons treinos, me conectando totalmente à pista.

Participei do Short Track na sexta-feira (6/10), em que ao meu ver deixei a desejar. Falando em estar conectado, algo que repito bastante, estar com a mente e o corpo bem, foi algo que me faltou no Short Track. Infelizmente as sensações eram boas, mas eu não me conectei como gostaria, embora tenha servido de aprendizado.

No domingo foi engraçado, porque na casa que nós estávamos, conversamos e brincamos que era como ir para uma batalha. Assistimos as corridas da sub-23, com tanto barro, e a pista foi só piorando.
Fui para a batalha, 100% concentrada. Consegui definir bem as linhas e focar a mente, além de fazer uma boa largada. A pista era técnica, exigia concentração então fui com muita cautela. Houve momentos que eu poderia ter arriscado, tentado ultrapassar, mas o ano ainda não acabou. Tenho alguns compromissos pela frente.

Acabou me custando um top 20, que era minha meta de performance em 2023, mas fiquei contente com o resultado, um 25º lugar. Acho que a parte de valores, estou aprendendo muito a ter entrega. As posições que obtive nos EUA e Canadá não representaram tanto quanto o que pude tirar de aprendizagem e performance.

Os ajustes da bike foram fundamentais. Pude contar com um excelente mecânico que minha equipe, a Squadra Oggi, contratou para nós aqui no Canadá. Em uma prova com tanto barro, é realmente um diferencial ter alguém cuidando do nosso equipamento.

Outro grande diferencial nas primeiras voltas foi ter optado pelo pneu Karma Pro da Kenda na roda traseira. Me deu maior tração, por conta dos cravos serem maiores. Grande parte do percurso, que estava "pedalável", nas subidas eu conseguia subir. O percurso estava realmente devastado, como um campo de batalha mesmo.

Fiquei muito feliz e volto para o Brasil, para fazer uma conexão no MTB Festival, rever amigos e família. Tomar café com pão de queijo, para viajar outra vez e representar nossa nação nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile.

Fotos divulgação Kike Abelleira

Aviso: Se você é o detentor dos direitos autorais das imagens utilizada nessa matéria, entre em contato para que possamos dar os devidos créditos ou retirar, caso assim seja necessário.

Clique aqui e veja os descontos que nossos parceiros concede para nossos leitores.

Além disso você também pode se interessar:

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.